top of page
Buscar

Rede de Apoio na Maternidade: Presença que Cuida, Escuta que Sustenta

Durante a gestação e o puerpério, a mulher vive atravessamentos psíquicos profundos. Neste artigo, um convite à escuta sensível e ao cultivo de redes de apoio que sustentem sem invadir.

ree

Na gestação e no puerpério, escutar o que não é dito também é forma de amparar.

Durante a gestação e nos primeiros tempos do puerpério, a mulher atravessa um movimento psíquico profundo. É um mergulho que convoca fantasias inconscientes, desperta memórias antigas e atualiza a própria história de maternagem — seja ela elaborada ou ainda silenciada.

Esse tempo não é feito apenas de demandas práticas. Ele também é tecido por subjetividades, ambivalências e pela necessidade de ser acolhida com presença e respeito.


A importância da rede de apoio: mais do que ajudar, é compreender


Muito se fala sobre a importância da rede de apoio no cuidado à gestante e puérpera. Mas apoiar vai além de ajudar com a casa, o bebê ou a alimentação. Significa também reconhecer que esse momento exige escuta, conhecimento e disponibilidade emocional.

A rede de apoio não deve se limitar ao fazer. Ela precisa também sustentar — com delicadeza — o que não se vê: as transformações internas, o ritmo psíquico, as dores que não têm nome.


Apoiar sem invadir: uma ética do cuidado


Quem se propõe a estar ao lado de uma mulher nesse tempo precisa aprender a perguntar antes de agir, a escutar antes de oferecer.

Estar junto sem invadir. Reconhecer o tempo da mulher sem impor o seu próprio. Cuidar sem infantilizar. Oferecer ajuda sem desorganizar ainda mais aquilo que já está em transição.

Perguntas simples podem abrir espaço para relações mais conscientes:

  • Como você gostaria de ser cuidada agora?

  • O que te faria respirar melhor hoje?



Redes de apoio conscientes não são um privilégio


Elas são uma necessidade real. Especialmente em uma cultura que insiste em romantizar a maternidade, ignorando a complexidade emocional que habita o corpo e a psique da mulher nesse tempo.

Tecer redes de apoio conscientes é um gesto ético. É reconhecer que o cuidado genuíno nasce do respeito à história da outra — e ao seu tempo de se transformar em mãe.


Fica aqui o convite a repensar o que podemos fazer para que o apoio as mulheres em transição seja efetivo e respeitoso. Com carinho

Vânia C.

 
 
 

Comentários


©2024 AlvoreSer Psicologia e Saúde

60.116.220/0001-07

Todos os direitos reservados

bottom of page